3º Trimestre – Bateria de Questões de História – 1º Ano EM

Outubro 7, 2023 0 Por Claudio Almeida

01)A expansão marítima e comercial empreendida pelos portugueses nos séculos XV e XVI está ligada:

a) aos interesses mercantis voltados para as “especiarias” do Oriente, responsáveis inclusive, pela não exploração do ouro e do marfim africanos encontrados ainda no século XV;

b) à tradição marítima lusitana, direcionada para o “mar Oceano” (Atlântico) em busca de ilhas fabulosas e grandes tesouros;

c) à existência de planos meticulosos traçados pelos sábios da Escola de Sagres, que previam poder alcançar o Oriente navegando para o Ocidente;

d) a diversas casualidades que, aliadas aos conhecimentos geográficos muçulmanos, permitiram avançar sempre para o Sul e assim, atingir as Índias;

e) ao caráter sistemático que assumiu a empresa mercantil, explorando o litoral africano, mas sempre em busca da “passagem” que levaria às Índias.

02)Foi fator relevante para o pioneirismo português na expansão marítima e comercial europeia dos séculos XV e XVI:

a) a precoce centralização política, somada à existência de um grupo mercantil interessado na expansão e à presença de técnicos e sábios, inclusive estrangeiros;

b) a posição geográfica de Portugal – na entrada do Mediterrâneo, voltado para o Atlântico e próximo do Norte da África –, sem a qual, todas as demais vantagens seriam nulas;

c) o poder da nobreza portuguesa, inibindo a influência retrógrada da Igreja Católica, que combatia os avanços científicos e tecnológicos como intervenções pecaminosas nos domínios de Deus;

d) a descentralização político-administrativa do Estado português, possibilitando a contribuição de cada setor público e social na organização estratégica da expansão marítima;

e) o interesse do clero português na expansão do cristianismo, que fez da Igreja Católica o principal financiador das conquistas, embora exigisse, em contrapartida, a presença constante da cruz.
 

03)”As grandes mudanças que se verificam na arte náutica durante a segunda metade do século XV levam a crer na possibilidade de chegar-se, contornando o continente africano, às terras do Oriente. Não se pode afirmar, contudo, que a ambição de atingir por via marítima esses países de fábula presidissem as navegações do período henriquino, animada por objetivos estritamente mercantis. (…) Com a expedição de Antão Gonçalves, inicia-se em 1441 o tráfico negreiro para o Reino (…) Da mesma viagem procede o primeiro ouro em pó, ainda que escasso, resgatado naquelas partes. O marfim, cujo comércio se achava até então em mãos de mercadores árabes, começam a transportá-lo os barcos lusitanos, por volta de 1447.” (Sérgio Buarque de Holanda, Etapas dos descobrimentos portugueses.)

Assinale a alternativa que melhor resume o conteúdo do trecho acima:

a) A descoberta do continente americano por espanhóis, e depois, por portugueses, revela o grande anseio dos navegadores ibéricos por chegar às riquezas do Oriente através de uma rota pelo Ocidente.

b) Os portugueses logo abandonaram as viagens de descoberta para o Oriente através do Atlântico, visto que lhes bastavam as riquezas alcançadas na África, ou seja, ouro, marfim e escravos.

c) Embora a descoberta de uma rota africana para o Oriente fosse para os portugueses, algo cada vez mais realizável em razão dos avanços técnicos, foi a exploração comercial da costa africana o que, de fato, impulsionou as viagens do período.

d) As navegações portuguesas, à época de D. Henrique, eram motivadas, acima de tudo, pelo exotismo fabuloso do Oriente; secundariamente, contudo, dedicavam-se os portugueses ao comércio de escravos, ouro e marfim, sobretudo na costa africana.

e) Durante o período henriquino, os grandes aperfeiçoamentos técnicos na arte náutica permitiram aos portugueses chegar ao Oriente contornando o continente africano.

04)”Sem dúvida, a atração para o mar foi incentivada pela posição geográfica do país, próximo às ilhas do Atlântico e à costa da África. Dada a tecnologia da época, era importante contar com correntes marítimas favoráveis, e elas começavam exatamente nos portos portugueses… Mas há outros fatores da história portuguesa tão ou mais importantes.”

Assinale a alternativa que apresenta outros fatores da participação portuguesa na expansão marítima e comercial europeia, além da posição geográfica:

a) O apoio da Igreja Católica, desde a aclamação do primeiro rei de Portugal, já visava tanto à expansão econômica quanto à religiosa, que a expansão marítima iria concretizar.

b) Para o grupo mercantil, a expansão marítima era comercial e aumentava os negócios, superando a crise do século. Para o Estado, trazia maiores rendas; para a nobreza, cargos e pensões; para a Igreja Católica, maior cristianização dos “povos bárbaros”.

c) O pioneirismo português  deve-se mais ao atraso dos seus rivais, envolvidos em disputas dinásticas, do que a fatores próprios do processo histórico, econômico, político e social de Portugal.

d) Desde o seu início, a expansão marítima, embora contasse com o apoio entusiasmado do grupo mercantil, recebeu o combate dos proprietários agrícolas, para quem os dispêndios com o comércio eram perdulários.

e) Ao liderar a arraia-miúda na Revolução de Avis, a burguesia manteve a independência de Portugal, centralizou o poder e impôs ao Estado o seu interesse específico na expansão.

05)Acerca da expansão marítima comercial implementada pelo Reino Português, podemos afirmar que:

a) a conquista de Ceuta marcou o início da expansão, ao possibilitar a acumulação de riquezas para a manutenção do empreendimento.

b) a conquista da Baía de Arguim permitiu a Portugal montar uma feitoria e manter o controle sobre importantíssima rota comercial intra-africana.

c) a instalação da feitoria de São Paulo de Luanda possibilitou a montagem de grande rede de abastecimento de escravos para o mercado europeu.

d) o domínio português de Piro e Sidon e o consequente monopólio de especiarias do Oriente Próximo tornaram desinteressante a conquista da Índia.

e) a expansão da lavoura açucareira escravista na Ilha da Madeira, após 1510, aumentou o preço dos escravos, tanto nos portos africanos quanto nas praças brasileiras.

06)O descobrimento do Brasil foi parte do plano imperial da Coroa Portuguesa, no século XV. Embora não houvesse interesse específico de expansão para o Ocidente,

a) a posse de terras no Atlântico ocidental consolidava a hegemonia portuguesa neste Oceano.

b) o Brasil era uma alternativa mercantil ao comércio português no Oriente.

c) o desvio da esquadra de Cabral seguia a mesma inspiração de Colombo para chegar às Índias.

d) a procura de terras no Ocidente foi uma reação de Portugal ao Tratado de Tordesilhas, que o afastava da América.

e) essa descoberta foi mero acaso, provocado pelas intempéries que desviaram a esquadra da rota da Índia.

07)Enquanto os portugueses escutavam a missa com muito “prazer e devoção”, a praia encheu-se de nativos. Eles sentavam-se lá surpresos com a complexidade do ritual que observavam ao longe. Quando D. Henrique acabou a pregação, os indígenas se ergueram e começaram a soprar conchas e buzinas, saltando e dançando (…) Náufragos Degredados e Traficantes (Eduardo Bueno)

Este contato amistoso entre brancos e índios era preservado:

a) pela Igreja, que sempre respeitou a cultura indígena no decurso da catequese.

b) até o início da colonização quando o índio, vitimado por doenças, escravidão e extermínio, passou a ser descrito como sendo selvagem, indolente e canibal.

c) pelos colonos que escravizaram somente o africano na atividade produtiva de exportação.

d) em todos os períodos da História Colonial Brasileira, passando a figura do índio para o imaginário social como “o bom selvagem e forte colaborador da colonização”.

e) sobretudo pelo governo colonial, que tomou várias medidas para impedir o genocídio e a escravidão.

08)A “Carta de Pero Vaz de Caminha”, escrita em 1500, é considerada como um dos documentos fundadores da Terra Brasilis e reflete, em seu texto, valores gerais da cultura renascentista, dentre os quais se destaca:

a) a visão do índio como pertencente ao universo não religioso, tendo em conta sua antropofagia;

b) a informação sobre os preconceitos desenvolvidos pelo renascimento no que tange à impossibilidade de se formar nos trópicos uma civilização católica e moderna;

c) a identificação do Novo Mundo como uma área de insucesso devido à elevada temperatura que nada deixaria produzir;

d) a observação da natureza e do homem do Novo Mundo como resultado da experiência da nova visão de homem, característica do século XV;

e) a consideração da natureza e do homem como inferiores ao que foi projetado por Deus na Gênese.

09)Os primeiros 30 anos da “descoberta” do Brasil são designados como período pré-colonial.  Apresente DUAS características desse período em relação ao domínio português na luso-América.

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10)O Tratado de 1494 entre as monarquias ibéricas (Portugal e Espanha) determinou que tipo de situação entre esses reinos em relação às possessões no ultramar?

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11)O que foram movimentos NATIVISTAS?

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12)Qual a diferença destes com as inconfidências posteriores?

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13)Qual a motivação do ataque da WIC (Cia. Holandesa das Índias Ocidentais) contra o nordeste brasileiro, dentro do conflito maior entre Espanha e Holanda?

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14)Entre os diferentes momentos do bandeirantismo paulista na segunda metade do século XVII, o que foi o Sertanismo de Contrato?

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15)O que era a chamada Derrama e em que situação ela ocorria, na região mineradora?

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